A fraqueza que aproxima

Por: Lays Rosado |

É tão bom saber que somos fracos. Ao contrário do que muitos pensam, a nossa fraqueza nos torna dependentes de Deus e da Sua obra salvífica. É verdade que se sentir fraco muitas vezes nos leva a ter atitudes que não louvam ao Senhor, mas, quando há a compreensão de que o ato de ser fraco nos proporciona uma verdade e muda inverdades que estabelecemos ao longo do tempo, nos tornamos dependentes dAquele que morreu na cruz.

Paulo, escrevendo aos Romanos, chega a relatar sobre o nosso relacionamento com a lei e como ela se desenrola, tanto para o judeu quanto para o grego (eu e você). Vem nos contar que a própria lei nos traz a consciência do pecado e que aqueles que vivem por meio da fé em Jesus Cristo cumprem a lei. Essa dinâmica chega a ser tão complexa que ele passa alguns capítulos explicando.

E, se a gente como servo parar para pensar qual o papel que a nossa fraqueza tem nisso tudo, lembramos do que está escrito:

2 Coríntios 12:9: “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 10 Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte.”

Quão grandiosa essa obra é. A fraqueza que está em nós, por condição humana, nos permite desfrutar da graça de Cristo. É na fraqueza que podemos experimentar as grandezas disponíveis no reino de Deus e do Seu poder.

E não estou dizendo que, por entender a nossa condição de fraqueza, tenhamos a liberdade para o pecado ou, muito menos, que possamos nos deixar levar por ele. Por não conseguirmos sozinhos, sabendo que o regime somente da lei não era suficiente, Deus, o Deus criador, nos deu Jesus.

Compreendendo isso, entendemos que, quando porventura a nossa fraqueza ganhar lugar em nossas vidas, não podemos nos afundar nela ou, muito menos, usá-la como desculpa para nos distanciarmos do Senhor. Pelo contrário, quando esses momentos chegarem e baterem à nossa porta, devemos nos achegar dAquele que é a própria vida em nós.

Foi isso que Jesus gerou na cruz, um novo e vivo caminho, onde o convite é largar o velho homem e viver o novo do Senhor, se aproximando da obra da cruz em conhecimento de quem Ele é e de quem somos: pecadores que se tornaram filhos adotivos por meio de Jesus. 

A permissividade de nos aproximarmos de Deus por meio da fraqueza vem para aqueles que vivem pelo que a graça proporciona por meio da fé. Existe um chamado do Senhor para reconhecimento de nossas fraquezas, para que o próprio Deus venha atuar em nossas vidas.

A pergunta que fica é: Estás disposto(a)?

Ouça a versão narrada do texto: