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Os desafios de uma geração distraída




Por: Vinicius Maciel |

Os tempos atuais vem conectando toda uma geração e investindo em seu entretenimento e alterando os seus objetivos. Técnicas e tecnologias da informação vem moldando a estrutura de comportamento e pensamento de todos nas sociedades, com um conglomerado de ações conjuntas, onde tudo leva a um só fim; a distração. 

A estrutura moderna da informação em massa tem como grande aliada a rede e tecnologia de fácil acesso. Com as redes sociais se tornando cada vez mais comuns, entre jovens e adolescentes, a tendência é que as próximas gerações já iniciem com esse ritmo cada vez mais cedo. Por um lado isso é positivo, pois as tecnologias costumam ser ótimas ferramentas de trabalho, mas trazem um consigo um problema, a falta de instrução educação voltada ao uso consciente dessas ferramentas. 

Cientificamente o uso excessivo de telas pode acarretar em doenças mentais crônicas, afetar a dificuldade de aprendizado e memória, além desregular a produção de hormônios em nosso corpo. Essa mudança no dia-a-dia, onde trocamos uma saída entre amigos por um jogo online, ou um culto presencial por uma live, mesmo tendo condições de ir presencialmente, nos afasta também das relações sociais e da relação com Deus. 

Estamos nos acostumando com a informação rápida e curta. Vídeos de 2 minutos já são longos demais para assistir. Os  livros perderam espaço para os filmes, que perderam espaço para as séries, que logo foram substituídas por uma infinidade de conteúdos de 30 segundos nas redes sociais. 

Essa mudança aconteceu muito rápido. Não fomos feitos para receber tanta informação, mas este é o ponto onde quero chegar; nada é feito por acaso. 

Voltamos a história!

Quando Jesus se apresentou como "O MESSIAS" Jerusalém vivia sob o domínio do império Romano. Naquela época, os assuntos políticos eram sempre pauta entre a população. Havia um clamor tão grande por libertação que atribuíram a Cristo a missão de combater esse império, o que inclusive era o temor de Roma na época que surgisse um revolucionário dentro de Israel. Mas Cristo veio a Terra para falar sobre outro Reino. 

Perguntam os fariseus:

"O que vocês pensam a respeito do Cristo? De quem ele é filho?" "É filho de Davi", responderam eles. Mateus 22:42

Os fariseus fizeram a pergunta em alusão a uma linhagem real, já que o filho do Rei Davi, teria direito ao Trono de Israel, tentando limitar Jesus a uma figura política. 

Um pouco antes disso o testaram novamente: 

Dize-nos, pois: Qual é a tua opinião? É certo pagar imposto a César ou não?" Mas Jesus, percebendo a má intenção deles, perguntou: "Hipócritas! Por que vocês estão me pondo à prova? Mostrem-me a moeda usada para pagar o imposto". Eles lhe mostraram um denário, e ele lhes perguntou: "De quem é esta imagem e esta inscrição?" "De César", responderam eles.
E ele lhes disse: "Então, deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". 
(Mateus 22:17-21)

Veja também essa passagem, onde simplesmente nos alerta que não somos deste mundo! Para um revolucionário, seria o momento perfeito para degradar a imagem de um império opressor e colocar todos contra ele, naquele momento, mas Jesus apenas mostrou que veio para fazer algo infinitamente maior, do que as mentes limitadas esperavam.

Há tanto para nos preocuparmos com o Reino, que a importância para as discussões terrenas que não levam a lugar nenhum, sobre pessoas que não nos representam, deve ser reduzida a zero. Viemos do infinito, e voltaremos para a vida eterna. 

“Se o mundo os odeia, lembrem-se: o mundo me odiou antes de odiar a vocês. O mundo amaria a vocês, se pertencessem a ele; todavia vocês não são do mundo, pois eu escolhi vocês, tirando-os do mundo; por isso é que são odiados pelo mundo. Lembrem-se do que eu lhes disse: ‘Nenhum escravo é maior do que o seu senhor!’ Portanto, já que eles me perseguiram, naturalmente perseguirão vocês. E se eles me tivessem ouvido, ouviriam a vocês! O povo do mundo os perseguirá, por causa de mim, pois eles não conhecem aquele que me enviou.

Discussões Vãs 

Continua a lembrar essas orientações a todos, advertindo-os solenemente na presença de Deus, para que não se envolvam em discussões acerca de teorias vazias; isso não produz nada de bom, e serve tão somente para perverter os ouvintes. (2 Timoteo 2:14)
A discussão é uma das ferramentas mais usadas para alienar pessoas com base no próprio entendimento. Quando algo está em pauta, seja qual for a sua opinião, isso está moldando um pensamento sobre tal assunto. 

Existe um termo na comunicação, também utilizado no jornalismo, mais precisamente na parte de produção de pauta institucional, conhecido como "Agenda Setting" (Teoria do agendamento), foi criada por Maxwell McCombs e Donald Shaw na década de 1970.  Essa teoria defende que o publico costuma dar mais atenção a assuntos que estão em evidência. Ou seja, se há uma discussão sobre o aborto, essa discussão formará opinião contrária ou não ao objeto discutido, e essa discussão pode ser apresentada de forma tendenciosa, com uso de outra teoria conhecida na ciência da comunicação, a ordem da argumentação.

Como funciona: 

Este tipo de pesquisas tem por objetivo estabelecer se, numa mensagem bilateral, isto é, que contém argumentos pró e contra uma determinada posição, são mais eficazes as argumentações iniciais a favor de uma posição ou se são mais eficazes as argumentações finais de apoio à posição contrária. Fala-se de efeito primacy, se verifica uma  maior eficácia dos argumentos iniciais e de efeito recency, se são mais influentes os argumentos finais.    (Livro Teoria da Comunicação de Mario Wolf)

Quando damos ouvidos ou entramos em discussões, onde sabemos que não trará nada de proveitoso, para nós ou para o outro, ou simplesmente não alterará os fatos, então nos colocamos como uma peça de engrenagem de uma máquina de alienação. 

Se nós fomos chamados para o ser o SAL da terra, devemos então, NÓS, levar a nossa agenda, que é Cristo, a Salvação, o Amor, o arrependimento, para que as pessoas decidam sobre o que vão viver eternamente, não somente de 4 em 4 anos, ou simplesmente formar uma opinião por meio de persuasão, sobre um assunto fútil. 

Ao apresentarmos o amor de Cristo e a Palavra de Deus, nós já indicamos o caminho, que é Jesus, Ele e o Espírito Santo Guiará as pessoas e ensinará, na sua palavra que imutável, como vencer o pecado e ter um vida em santidade. 

Mas enquanto nos distraímos, deixamos de ler a bíblia e orar a Deus, quando cultivamos discórdia ao invés do amor, nós nos afastamos do nosso propósito e atuamos como soldados feridos em uma guerra. 
Mais uma vez, lembrarei: NÃO SOMOS DESTE MUNDO, falaremos do Céu, e somente dele!
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