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Apesar de sentirmos


Por: Lays Rosado |


Texto narrado disponível no final da página*

O que fazer quando nos sentimos tristes, desamparados e sozinhos? E pior ainda é quando esses sentimentos vêm, de forma acusadora, dizer que não deveríamos nos sentir dessa maneira. Afinal, conhecemos as escrituras e ela nos diz que Jesus é a nossa alegria, Ele é a nossa rocha e socorro bem presente na hora da angústia. 

O grande problema é que por mais que saibamos dessas coisas, esquecemos do mais importante; Somos humanos e não podemos esquecer que ainda não temos um corpo transformado e isentos do peso que a humanidade carrega, o pecado. 

Por isso, a auto punição na vida emocional do cristão está sendo cada vez mais constante e intensa. Respeitar a nossa humanidade, não é viver no pecado, mas entender que somos falhos, apesar de servirmos a um Deus perfeito. Afinal, é na nossa fraqueza que o poder de Deus se aperfeiçoa. 

E como disse o apóstolo Paulo em “2 Coríntios 12:9,10:

E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.

Na versão da Almeida corrigida somos capazes de ver que o apóstolo fala que “de boa vontade “. Fico me perguntando quão propositalmente foi colocada essa palavra. Por hora não nos sentimos assim, quem por sã consciência vai se sentir bem, estando disposto a viver em fraqueza?

Vivemos nossas vidas sempre buscando a felicidade, sermos completos de alguma maneira.

Então, vem a palavra de Deus mais uma vez nos dando uma grande rasteira e dizendo que devemos “ nos gloriar em nossas fraquezas” pelo menos é assim que Paulo se sente e nos chama para viver desta maneira.

Como homem de Deus, as suas cartas estão escritas para nos conduzir a uma vida em harmonia com os céus. Mas será mesmo que Paulo entendia o que passaríamos em nossa geração, para pedir tal coisa?

A verdade é que a palavra de Deus é imutável, está à frente de tempos e estações. Tudo nela é atual e necessário. A problemática está apenas no leitor. Somos nós que não acreditamos, muitas vezes, no que está escrito, a ponto de levarmos a prática para a nossa vida cotidiana. 

Pois bem, só é possível viver nessa magnitude da verdade quando começarmos a desfrutar da graça de Deus. Essa palavrinha carrega, ou melhor, nos permite viver em comunhão com Deus, e somente essa comunhão é capaz de transformar o nosso entendimento. 

Por meio da graça compreendemos que não se trata de mérito à vida cristã e muito menos de como eu me sinto ou não. Na verdade, se trata unicamente da consciência de saber que por meio do amor que recebemos de Cristo, somos nEle capazes de viver em comunhão com o Pai, de tal forma que, o peso do pecado/ humanidade, não possui mais poder sobre nosso existir. 

É nesse ponto que a chave gira e que a história do cristão começa a alavancar novos rumos. A meritocracia que leva o homem a auto punição se esvai, ao compreender que, independentemente de como nos sentimos, a verdade sobre quem Deus é não muda e muito menos o que Ele diz a nosso respeito. 

Os sentimentos humanos não podem ditar a nossa maneira de viver Jesus, nossos altos e baixos nunca foram e  não serão padrões para nivelar a vida com Deus. Depender de sentimentos, para sabermos quem servimos, não deve ser parâmetro do cristão. Apesar de que deve ser o cerne de um servo. Só assim seremos capazes de sentir prazer nas injúrias, fraquezas, necessidades e perseguições, como disse Paulo. Ele sentiu todas essas coisas, mas o sentir nunca foi motivo de desistência para realizar a vontade divina. Como ele, por amor a Jesus, o sentir nunca deve ser motivo para nos afastar de Cristo. 

O cristão não deve se punir por sentir fraqueza, mas o sentir deve o leva a experimentar a graça, vivendo o "apesar de".


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