Por Adriana Guimarães |
Conta uma lenda austríaca que em determinado povoado, havia um “pacato habitante da floresta” que foi contratado pelo Conselho Municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade. O cavalheiro com silenciosa regularidade inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca. Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos. Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina. As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária. Os anos foram passando. Certo dia, o Conselho da cidade jose reuniu como fazia semestralmente. Um dos membros do Conselho resolveu inspecionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte. De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade. E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma. Seu discurso a todos convenceu. O Conselho Municipal dispensou o trabalho do zelador da fonte de imediato. Nas semanas seguintes, nada de novo. Mas no outono, as árvores começaram a perder as folhas. Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes. Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura. Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens. O mau cheiro começou a ser exalado.
Os cisnes emigraram para outras bandas. As rodas d´água começaram a girar lentamente, depois pararam. Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado. O Conselho Municipal tornou a se reunir, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido. Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte. Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d´água voltaram a funcionar. Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso (Charles R. Swindoll,). Belíssima narrativa!
Assim é em nossa vida! Ninguém imagina o preço que você paga para ter a vida que você tem! Para tudo há um preço! E você, está disposto a pagar o preço?
Para alguns aquele Zelador recebia mais do que merecia, mas alguém em algum momento se dispôs a fazer o que ele fazia? Não. Queremos tudo pronto, embalado e bonito. Esquecemos que nada vem pronto! Há um preço! E esse preço tem nome! Dedicação, cuidado, amor, renuncia, satisfação, e amor.
Para refletir
Para refletir
É Cristo que começa a obra, e nós damos andamento. Sem Cristo tudo para, tudo morre! Ele é o Zelador de nossas vidas! Tudo provem Dele! Simples assim, mas tudo tem um preço!
Muitas vezes Àquele que começou a boa obra foi dispensado de nossas vidas, pois acreditamos que sua função RESTAURADORA acabou e que a obra está completa! Esquecemos que tudo em nossa vida ou ao nosso derredor precisa de manutenção diária! Assim como o texto acima.
Lógico que algumas tarefas são de nossa responsabilidade, como conservar aquilo que Deus fez, mas se o local da nascente for destruído ou entulhado parará de jorrar água. Assim é o nosso cotidiano.
Em Genesis 26:18, fala que Isaque tornou a cavar os poços de água que cavaram nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão. Todos os dias devemos tomar cuidado para que os poços que Senhor nos deu não sejam soterrados com entulhos, pois Deus não quer que os entulhos da vida sejam um obstáculo a impedir a continuidade da nossa história com Ele.
Tudo que não é cuidado é destruído! Cuidar é algo de amor! Dê valor! Cuidar é a expressão máxima adotada por Deus em relação a nós e em tudo que diz respeito a nós! Cuide do que Deus te deu! Não dispense o Zelador de sua vida, permita que ele continue com o seu contínuo cuidado, somos obras, ainda, inacabadas; que precisam de constantes cuidados. Precisamos repensar mais a cerca dos cuidados que você precisa ou dos cuidados que você mesmo recusa a receber. Existe uma diferença grande em PERMITIR X NÃO PERMITIR. A continuidade da obra só ocorrerá se você permitir! Deus tem, ainda, muito para fazer!
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